IPI REDUZIDO É MANTIDO ATÉ O FIM DO ANO


Analista alerta para o fato de que a medida nem sempre beneficia integralmente o consumidor e ainda pode aumentar o lucro das montadoras

IPI reduzido

E a história se repete. O governo federal antecipou no último sábado (30/3) a decisão de prorrogar a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis e caminhões até o fim do ano. Assim, o rejuste previsto para ter início a partir de hoje fica congelado e as alíquotas seguem no patamar atual (confira na tabela).
Em entrevista ao Jornal Nacional, o ministro da fazenda Guido Mantega afirmou que o objetivo da medida é reduzir o risco de quedas nas vendas - em fevereiro, ela já havia ficado na casa de 1%. "A indústria automobilística é muito importante para a economia brasileira. Ela representa 25% da produção industrial. Então, para manter a produção industrial crescendo, é importante que a indústria automobilística continue crescendo", disse à emissora. O ministério afirma que R$ 2,2 bilhões deixarão de ser arrecadados devido à decisão.

Medida não é 100% positiva
Preços mais em conta são bons para o consumidor, é claro. Mas para o economista e professor da Fundação Getúlio Vargas, Samy Dana, o benefício pode ser menor que se pressupõe. Ele acredita que a redução não é 100% repassada ao cliente. "Quando o imposto fica menor, as montadoras também oferecem descontos menores, porque o preço de tabela já foi afetado, e ainda passam a negar um acessório extra. Além disso, as concessionárias podem compensar os preços mais baixos em serviços e custos de manutenção", afirma. Assim, na visão dele, a medida pode aumentar a margem de lucro das montadoras.
Outro efeito colateral é a maior depreciação do carro 0 km. "Antes o carro perdia cerca de 10% do valor em um ano. Agora, com essa corrida pelo zero, essa desvalorização chega a 20% em um ano", conclui.




Fonte [Auto Esporte]

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